Eh isso. Tres palavras que fazem toda a diferença. Ditas desta forma, pra gringo ter duvida em aula de português, assim como a gente sofre para entender as gírias que eles falam mesmo depois de estudarmos anos o idioma e acharmos que entendemos tudo de inglês...
Pode ser que nao se esteja com as melhores cartas, nem na noite mais inspirada. Mas estar no jogo eh o que vale. Da tempo de pensar, de repensar, de tentar uma nova jogada, de recuar e ate mesmo de deixar passar uma mao. Avaliar novas estratégias, tentar ler a face dos adversários, fazer uma prece ao deus das cartas. Estar no jogo, continuar no jogo. Jogando. E, como diria a pimentinha, "...aprendendo a jogar".
Ha momentos mais animadores, em que temos a certeza de que vamos ganhar. "Chegou minha vez", grita a alma calejada de dor. "Quase", responde um ser maior que por tudo zela. Um dia ouvi que nesta vida estamos apenas vendo uma pagina e nao o livro todo de nossa existência, e por isso eh tao difícil entendermos algumas situações. Pode ser. Isso me consola. Porque, afinal, os livros sempre acabam em finais felizes. Ou nao?
Enfim, que venha a próxima mao. Nesta certamente terei mais sorte, afinal, to no jogo. Deve ter algum desígnio divino nisso, senão já teria ido pra casa. Ah, eh ela, a sorte, que me faz ficar. Ela, as vezes tao mal interpretada. "Nao vale a sorte, eh preciso ter talento, competência...", diriam os gurus empresariais. E SORTE, acrescento eu. Estar no lugar certo, na hora certa, e dizer as coisas certas. Se isso nao eh sorte, eh a mao de Deus. Que, no fim, devem ser parentes próximas.
Analiso minhas cartas, olho o relógio, pondero. Tudo ou nada? All in? Por que nao? O que se tem a perder? Sim, tem-se a perder, claro. Mas também a ganhar. Outra frase que me acompanha desde adolescente eh: "So se arrependa do que você nao fez, nunca daquilo que fez". Entao, que seja. All in.
...
Perdi. Mas, veja bem, perdi essa partida. Nao as próximas, nao o jogo da vida. Pensando bem, essa derrota certamente me ensinou algo. Serei mais prudente na próxima (ou nao, aas favas a prudência, parente muito próxima da chatice). Certamente na próxima....
E assim se segue. Nem sempre ganhando, nem sempre perdendo, mas... aprendendo a jogar....
ps: sigo sem acentos e cedilhas.
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015
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