14/9/2011, de Paris, jantando de frente pro Louvre
Eu pensei em levá-la de volta a Barretos, mãe, onde você nasceu. Mas nunca te disse. Na verdade... nem sei se você gostaria, mas achava que sim. E no fim quem foi fui eu.
Você fez o caminho de Barretos para São Paulo e eu, 44 anos depois, fazendo o caminho de volta. A profissão me levando, mas o coração em uma missão: ir ao cartório onde você foi registrada e trazer a segunda via de sua certidão de nascimento. Seria um link com você, sua história; você menina, bebê. No colo da vovó. E já com um nome tão forte. Só o primeiro nome, sem nenhum sobrenome. Foi assim que você foi registrada. Era assim naquela época.
HILDA
Local de nascimento: Fazenda Cuia.
Será que era muito longe da cidade? Será que a vovó demorou muito para te registrar? Tantos sentimentos tentando serem revividos 80 anos depois.
Lá estava o cartório, naquela esquina, simpático. Se a rua é tranquila hoje, imagina na época que você nasceu, mãe.
Uma emoção inigualável. Mais um presente que recebi da vida.
E os nomes dos vovôs? Mateus, Joana. Nomes tão na moda atualmente!
E a maior surpresa talvez foi descobrir o sobrenome da vovó. Soldera.
Ela trouxe o “Padovan” do vovô e aí sua família parou – ou nunca existiu, para nós. Muito estranho. Somos descendentes deles e nem os conhecemos. Nunca tinha ouvido falar. Da parte do papai, eu conhecia o “Baldini”, da nona. Até nisso está o machismo não?
Querida, fui até a igreja também. Linda, colorida. Será que você foi batizada lá? Acho que sim, né?
Orei muito a Deus para que nos vejamos, rezei por tua luz, por tua luz em mim, rezei por nós.
E tive muito orgulho de ouvir da apresentadora da minha palestra que sou “filha de barretense”. Sou sim, com muito orgulho!
domingo, 29 de julho de 2012
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